Abstract
Este relato de experiência se refere ao povo
Pataxó, que habita a Costa do Descobrimento,
no extremo sul do Estado da Bahia e em alguns
lugares de Minas Gerais. Mais especificamente
se faz um relato das aldeias de Barra Velha
(Aldeia Mãe) e Coroa Vermelha com 6.695 e
5.200 habitantes, respectivamente. Este povo foi
um dos primeiros contatados pelos portugueses
e foi proibido falar a língua ancestral, que
pertence à família Maxacali, do tronco
1 Estudante de Enfermagem. Faculdade de Ciências da
Saúde (FS) – Universidade de Brasília (UnB);
2 Estudante de Enfermagem. Faculdade de Ciências da
Saúde (FS) – Universidade de Brasília (UnB);
3 Doutora em Sociologia. Professora do Departamento
de Saúde Coletiva (FS/UnB), Coordenadora do Projeto
Vidas Paralelas Indígena (PVPi);
4 Doutor em Saúde Pública. Professor do Departamento
de Saúde Coletiva (FS/UnB), tutor do PVPi;
5 Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências
da Saúde da UnB; Pesquisadora Associada do
Núcleo de Estudos em Saúde Pública / NESP, tutora do
PVPi;
6 Doutora em História. Professora do Departamento de
Enfermagem (FS/UnB), tutora do PVPi.
Macro-Jê, e que agora está sendo resgatada.
Relata-se a história recente de conflitos, em
1951 e em 1990. Descreve-se a organização
hierárquica da comunidade e suas lideranças
eleitas por uma assembleia, bem como as
instâncias de representação e controle social.
Relatam-se costumes de alimentação e de autocuidado,
a influência crescente de produtos
industrializados nos hábitos alimentares, bem
como as doenças e queixas mais freqüentes. Há
vários estudantes indígenas em universidades
públicas. O atendimento à saúde é realizado por
uma equipe multiprofissional que se desloca
à comunidade a cada 15 dias. Destacam-se
problemas de transporte.