O Projeto Vidas Paralelas Indígena e a construção da interculturalidade na formação em saúde: um estudo de caso
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Como Citar

Hoefel, M. da G. L., Severo, D. O., Hamann, E. M., Santos, S. M. D., Selau, M. G. G., & PVPI, C. de E. do. (2012). O Projeto Vidas Paralelas Indígena e a construção da interculturalidade na formação em saúde: um estudo de caso. Tempus – Actas De Saúde Coletiva, 6(1), pag. 23–35. https://doi.org/10.18569/tempus.v6i1.1091

Resumo

Este artigo busca resgatar e analisar o processo pedagógico do Projeto de Extensão Vidas Paralelas Indígena, com intuito de refletir sobre seus avanços e limites com 1 Doutora em Sociologia. Professora do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade de Brasília; Coordenadora do Projeto Vidas Paralelas Indígena. 2 Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade de Brasília; Pesquisadora Associada do Núcleo de Estudos em Saúde Pública/ NESP; Tutora do Projeto Vidas Paralelas Indígena. 3 Professor do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade de Brasília; Tutor do Projeto Vidas Paralelas Indígena. 4 Professora do Departamento de Enfermagem da Universidade de Brasília; Tutora do Projeto Vidas Paralelas Indígena. 5 Médica. Servidora do Governo do Distrito Federal; Tutora do Projeto Vidas Paralelas Indígena. 6 Coletivo de Extensionistas do Projeto Vidas Paralelas Indígena da Universidade de Brasília. relação à construção da interculturalidade na formação em saúde. Trata-se de um estudo de caso educacional qualitativo, cujo método de coleta de dados utilizado foi composto por consulta e análise de documentos, vídeos e diários de campo dos extensionistas indígenas. Os resultados indicam que a construção da interculturalidade permeou todo o processo, uma vez que o projeto teve como ponto de partida e como eixos norteadores a expressão dos olhares indígenas, o resgate das concepções e cosmovisão que fundamentam o modo de ver e compreender o mundo na perspectiva dos diferentes povos indígenas, bem como a construção de um espaço de diálogo entre as distintas racionalidades e saberes existentes. Estes princípios tem possibilitado que os estudantes se apropriem do processo de construção do conhecimento e confiram sentido a ele, abrindo caminhos para a facilitação das potencialidades dos educandos e, consequentemente para a promoção de processos emancipatórios. Além disso, destaca- Saúde Indígena Tempus - Actas de Saúde Coletiva Revista Tempus Actas de Saúde Coletiva 24 se como avanço a formação de uma Comissão Intercultural no interior da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília, com a função de debater e construir processos de formação interculturais, que contemplem as diferentes racionalidades, além de viabilizar o acolhimento e suporte aos estudantes indígenas ao longo de toda a graduação.
https://doi.org/10.18569/tempus.v6i1.1091
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