Abstract
Os autores se referem à presença de
estudantes indígenas nas universidades
brasileiras, que constitui objeto de críticas
e debates. Os indicadores de saúde
das comunidades indígenas atestam as
desvantagens e iniqüidades acumuladas após
séculos de exclusão. Diante desse quadro,
faz-se um contraste entre as estratégias
possíveis de “perdão e esquecimento” ou
de “justiça reparadora”. Da formulação de
políticas de proteção e garantia de direitos à
sua efetivação, há um percurso complexo e,
por vezes, atribulado. Sempre haverá pressões
e, ocasionalmente, abusos e distorções que
são sempre habilmente aproveitados pelos
inimigos da política pública e defensores
do Estado mínimo. Os autores acreditam
que devem ser fomentados e criados espaços
de diálogo para a realização de debates que
contribuam a superar as grandes dicotomias
e tensões dialéticas entre: aculturação versus
preservação; a etnologia tradicional versus
antropologia na multiculturalidade; etnopolítica
versus resistência étnica; reconhecimento versus
reificação excludente; identidade hegemônica de
nação versus identidades coletivas particulares,
dentre outros.