Resumo
Este artigo aborda a experiência do Projeto Vidas Paralelas Migrantes Brasil-Franca, implantado entre 2017 e 2020 em Brasília, Rio de Janeiro, Paris e Montpellier. Trata-se de uma pesquisa-ação realizada por meio de cooperação internacional entre Universidade de Brasília, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Université Paris 5, Université Paris 13 e Université Montpellier 3, financiada por edital CAPES-COFECUB. O artigo constitui um recorte de pesquisa do trabalho desenvolvido em Brasília com estudantes migrantes vinculados ao Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G) da Universidade de Brasília e com o Mouvement Sans-Papiers em Paris, bem como as experiências realizadas junto aos centros de acolhimento de migrantes da Cáritas, situado no Rio de Janeiro e em Paris. Aborda-se também trabalho de pesquisa sobre o processo de socialização de migrantes e refugiados vinculados a diversas organizações sediadas em Paris. A partir do resgate das experiências, busca-se refletir sobre os diferentes cenários, perspectivas teóricas e os caminhos percorridos na produção do conhecimento acerca do cotidiano de vida, cultura, saúde e trabalho dos migrantes, assinalando os avanços e desafios que caracterizam o desenvolvimento de um trabalho de cooperação.