Doença falciforme: experiências de acesso, permanência e perda do trabalho por pessoas com hemoglobina SS e SS
pdf (Português (Brasil))

Cómo citar

Brener, S., Sacramento, A. O. R., Oliveira, G. M., Corrêa, D. de O., da Rocha, V. N., & Martins, A. M. (2025). Doença falciforme: experiências de acesso, permanência e perda do trabalho por pessoas com hemoglobina SS e SS. Tempus – Actas De Saúde Coletiva, 15(3). Recuperado a partir de https://tempus.unb.br/index.php/tempus/article/view/2803

Resumen

Avaliar como pessoas com Doença Falciforme (DF) experienciam o processo de acesso, permanência e perda do trabalho. Estudo qualitativo realizado no Ambulatório da Fundação Hemominas de Belo Horizonte/MG, com participação de indivíduos com DF, divididos em dois grupos, conforme sua situação em relação ao vínculo empregatício. Os dados foram coletados mediante entrevistas abertas, orientadas por um roteiro semiestruturado, gravados e analisados sob a perspectiva da Análise de Conteúdo Temática. Dos 12 participantes, entre 18 e 43 anos, sete eram do sexo feminino, dez se declararam solteiros, seis nunca tinham trabalhado, estando em busca do primeiro emprego e os outros seis desempregados, queriam retornar ao mercado de trabalho. A Hb SS estava presente em 6 indivíduos e, apesar da forma homozigota ser marcada pelas manifestações clínicas mais severas, não foram identificadas diferenças entre os dois grupos em relação ao acesso e perda do trabalho. O direito ao trabalho deve ser assegurado a todo o cidadão, entretanto, no Brasil, não se encontra legislação que proteja a inclusão e permanência das pessoas com DF no trabalho. Fundamental se faz promover pesquisas envolvendo o prognóstico ocupacional desta população, visando subsidiar políticas que atendam ao anseio destes indivíduos ao acesso ao mercado de trabalho.
pdf (Português (Brasil))

Citas

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada. Doença falciforme: condutas básicas para tratamento. Brasília: DF, 2013. (Série A. Normas e Manuais Técnicos).

Cançado RD, Jesus JA. A doença falciforme no Brasil. Rev. bras. hematol. hemoter.

; 29(3): 203-206.

CHMOB. Centro de Educação e Apoio para Hemoglobinopatias; Centro de Educação e Apoio para Hemoglobinopatias. Protocolo de atendimento aos eventos agudos da doença falciforme. Belo Horizonte. 2005.

Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual de diagnóstico e tratamento de doenças falciformes. Brasília: DF, 2001.

Cançado RD, Lobo C, Ângulo I, Araújo PI, Jesus J. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para uso de hidroxiureia na doença falciforme. Rev. Bras. Hematol. Hemoter. Epub Oct 09 2009; 31(5): 361-366.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada. Manual de Educação em Saúde: autocuidado na Doença Falciforme. Brasília: DF, 2008.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Hospitalar e de Urgência. Doença falciforme: o que se deve saber sobre herança genética. Brasília: DF, 2014.

Menezes ASOP. Qualidade de vida em portadores de doença falciforme. Rev. Paul Ped. 2013; 31(1): 24-29.

Mastandréa EB, Lucchesi F, Kitayama MM, Figueiredo MS, Citero VA. The relationship between genotype, psychiatric symptoms and quality of life in adult patients with sickle cell disease in São Paulo, Brazil: a cross-sectional study. São Paulo Med J. 2015; 133(5): 421-427.

Anie KA, Grocott H, White L, Dzingina M, Rogers G, Cho G. Patient self- assessment of hospital pain, mood and health-related quality of life in adults with sickle cell disease. BMJ Open. 2012; 2(4): 1-6.

Pereira SAS, Brener S, Cardoso, CS, Proietti, ABC. Sickle Cell Disease: quality of life in patients with hemoglobin SS and SC disorders. Revista Bras Hemat Hemot. 2013; 35(5): 325-331.

Pereira SAS, Cardoso, CS, Brener S, Proietti, ABC. Doença falciforme e qualidade de vida: um estudo da percepção subjetiva dos pacientes da Fundação Hemominas, Minas Gerais, Brasil. Revista Bras Hemat Hemot. 2008; 30(5): 411-416.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Hospitalar e de Urgência. Doença falciforme: orientações básicas no espaço de trabalho. Brasília: DF, 2014.

Freitas SLF, Ivo ML, Figueiredo MS, Gerk MA, Nunes CB, Monteiro FF. Qualidade de vida em adultos com doença falciforme: revisão integrativa da literatura. Rev Bras Enf. 2018; 71(1): 207-217.

Silva HD, Paixão GPN, Silva CS, Bittencourt IS, Evangelista TJ, Silva RS et al. Anemia falciforme e seus aspectos psicossociais: O olhar do doente e do cuidador familiar. Rev Cuid. Jan 2013; 4(1): 475-483.

Antunes R. Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. São Paulo: Boitempo Editorial; 2000.

Barros VA, Nogueira ML. Identidade e Trabalho: reflexões a partir de contextos precarizados e excludentes. Educação & Tecnologia. 2007; 12(3): 10-12.

Dejours C, Barros J, Lancman S. A centralidade do trabalho para a construção da saúde. Rev Ter Ocup Univ São Paulo. 2016; 27(2): 228-235.

Lima ME. Trabalho e identidade: uma reflexão à luz do debate sobre a centralidade do trabalho na sociedade contemporânea. Educação & Tecnologia. 2007; 12(3):5-9.

Brasil. Ministério da Economia. Instituto Nacional do Seguro Social. INSS. Brasília. 2019. [acesso em 14 fev 2020]. Disponível em https://www.inss.gov.br/beneficios/beneficio-assistencia-a-pessoa-com-deficiencia-bpc/

Zago MA, Falcão R, Pasquini R. Hematologia: fundamentos e práticas. São Paulo: Atheneu, 2004.

Minayo MCS. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes; 2009.

Bardin L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70; 1977.

NUPAD. Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico. Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). [Acesso em 17 fev 2020]. Disponível em:

<https://www.nupad.medicina.ufmg.br/programa-e-acoes/programa-de-triagem-neonatal-de-minas-gerais/>

Felix AA, Souza HM, Ribeiro SBF. Aspectos epidemiológicos e sociais da doença falciforme. Rev. Bras. Hematol. Hemoter. 2010; 32(3): 203-208.

Silva HD, Paixão GPN, Silva CS, Bittencourt IS, Evangelista TJ, Silva RS. Anemia falciforme e seus aspectos psicossociais: O olhar do doente e do cuidador familiar. Rev Cuid. 2013; 4(1): 475-483.

Figueiró AVM, Ribeiro RLR. Vivência do preconceito racial e de classe na doença falciforme. Saúde & Sociedade. 2017; 26(1): 88-99.

Sawaia B (Org.). As artimanhas da exclusão: análise psicossocial e ética da desigualdade social. Petrópolis RJ: Vozes, 2001.

Lages SRC, Silva AM, Silva DP, Damas JM, Jesus MA. O preconceito racial como determinante social da saúde - a invisibilidade da anemia falciforme. Gerais Rev. Interinst. Psicol. 2017; 10(1): 109-122.

Borges LO, Tamayo A. A estrutura cognitiva do significado do trabalho. Rev. Psi Org Trab. 2001; 1(2): 11-44.

Tolfo SR, Piccinini V. Sentidos e significados do trabalho: explorando conceitos, variáveis e estudos empíricos brasileiros. Psicologia & Sociedade. 2007; 19(spe): 38-46.

Carreira L, Marcon SS. Cotidiano e trabalho: concepções de indivíduos portadores de insuficiência renal crônica e seus familiares. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2003; 11(6):823-831.

Creative Commons License

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.

Derechos de autor 2025 Tempus Actas de Saúde Coletiva