Relação entre Síndrome de Burnout e condições de saúde entre Militares do Exército
PDF
PDF (English)

Palavras-chave

Esgotamento Profissional. Saúde Coletiva. Saúde do Trabalhador. Militares.

Como Citar

Jesus, B. M. de, Silva, S. R. da, Carreiro, D. L., Coutinho, L. T. M., Santos, C. A., Martins, A. M. E. de B. L., & Coutinho, W. L. M. (2016). Relação entre Síndrome de Burnout e condições de saúde entre Militares do Exército. Tempus – Actas De Saúde Coletiva, 10(2), Pág. 11–28. https://doi.org/10.18569/tempus.v10i2.1835

Resumo

Objetivo: identificar a relação ente Síndrome de Burnout e condições demográficas, socioeconômicas, de saúde, hábitos de vida/atitudes/comportamentos e ocupacionais entre militares do Exército. Métodos: estudo transversal e analítico entre militares de um batalhão no interior de Minas Gerais. Avaliou-se a Síndrome de Burnout por meio do Maslach Burnout Inventory, instrumento validado para uso no Brasil, sendo os dados coletados por pesquisadores previamente calibrados. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética da Associação Educativa do Brasil. Resultados: participaram do estudo 121 militares, dos quais 119 responderam ao Maslach Burnout Inventory. Registrou-se prevalência de SB em 89,1% (n=106) dos militares. Por análise múltipla constatou-se maior chance de desenvolver Burnout, militares com baixa percepção do nível de Qualidade de Vida nos domínios físico (OR: 6,95; IC: 1,08-44,82; p: 0,042) e psicológico (OR: 5,12; IC: 1,03-25,50; p: 0,046). Menor chance de ocorrer Burnout averiguou-se entre militares com baixa percepção do nível de Qualidade de Vida no domínio ambiental (OR: 0,16; IC: 0,03-0,82; p: 0,027) e aqueles que fazem uso contínuo de medicamento (OR: 0,16; IC: 0,03-0,83; p: 0,029). Conclusão: identificou-se relação entre Burnout e condições de saúde (baixa percepção do nível de Qualidade de Vida nos domínios físico, psicológico e ambiental e uso de medicamento).
https://doi.org/10.18569/tempus.v10i2.1835
PDF
PDF (English)

Referências

– Murta SG. Programas de manejo de estresse ocupacional: uma revisão sistemática da literatura. Rev. Bras. de Ter. Comp. Cogn. 2005;7(2)159-177.

– Kakunje A. Stress among health care professionals: the need for resiliency. OJHAS. 2011;10(1):1-1.

– Souza WC, Silva AMM. A influência de fatores de personalidade e de organização do trabalho no burnout em profissionais de saúde. Est. Psicol. 2002;19(1):37-48.

– Silva AM, Guimarães LAM. Occupational Stress and Quality of Life in Nursing. Paidéia, 2016;26(63):63-70.

– Maia LDG, Silva ND, Mendes PHC. Síndrome de Burnout em agentes comunitários de saúde: aspectos de sua formação e prática. RBSO. 2011;36(1230):93-102.

– Maslach C, Jackson SE. The measurement of experienced burnout. JOBM. 1981;2(2):99-113.

– Pereira AMTB. Burnout: quando o trabalho ameaça o bem-estar do trabalhador. São Paulo: Casa do Psicólogo; 2010.

– Carlotto MS. A relação profissional-cliente e a síndrome de burnout. Revista Encontro, 2009;12:7-20.

– Coutinho WLM et al. Fatores relacionados à Síndrome de Burnout entre bombeiros militares. In: Jonafes 2015 “Ciências Exatas, Humanas, Sociais, Biológicas e da Saúde”, 2015, Montes Claros, MG. Anais [recurso eletrônico] / JONAFES 2015 “Ciências Exatas, Humanas, Sociais, Biológicas e da Saúde”. Montes Claros (MG): SOEBRAS, 2015, p. 37-38. Disponível em: http://www.funorte.com.br/files/ANAIS_-_Verso_final_-_18-12-15.pdf. Acesso em: 01, mar, 2016.

– Silva CTA. Análise da relação entre estresse ocupacional, sinais e sintomatologias de DTM e atividade eletromiográfica dos músculos mastigatórios em militares da 5ª CSM de Ribeirão Preto – SP. 97 p. 2012. Dissertação (mestrado em Dentística), Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2012.

– Carlotto MS.Síndrome de Burnout em professores: prevalência e fatores associados. Psic.: Teor. e Pesq. 2011;27(4):403-410.

– Alkimin CFC et al. Fatores associados à Síndrome de Burnout entre profissionais intensivistas de hospital universitário. Tempus, actas de saúde colet. 2014;8(4):157-176.

– Rodrigues AVS et al. O condicionamento aeróbico e sua influência na resposta ao estresse mental em oficiais do Exército. Rev Bras Med Esporte, 2007;13(2):113-117.

- Benevides-Pereira AMT. MBI - Maslach Burnout Inventory e suas adaptações para o Brasil. In: Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia, 2001, Rio de Janeiro. Anais. Rio de Janeiro: UERJ, 2001.

– Palazzo LS, Carlotto MS, Aerts DRGC. Síndrome de Burnout: estudo de base populacional com servidores do setor público. Rev. Saúde Pública, 2012;46(6):1066-1073.

– Barros DS et al. Médicos plantonistas de unidade de terapia intensiva: perfil sócio demográfico, condições de trabalho e fatores associados à síndrome de burnout. Rev. bras. ter. intensiva, 2008;20(3):235-240.

- Instituto Brasileiro De Geografia E Estatística. CD 2010 - Questionário da Amostra. Censo 2010.

-. Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa. Critério de Classificação Econômica Brasil. São Paulo, 2012.

– Rechenchosky L et al. Estado nutricional e perfil lipídico de crianças. Rev. educ. fis. UEM., 2009;20(3):431-440.

– Griep RH et al. Validade de constructo de escala de apoio social do Medical Outcomes Study adaptada para o português no Estudo Pró-Saude. Cad. Saúde Pública, 2005;21(3):703-714.

– Pinheiro FA, Tróccoli BT, Carvalho CV. Validação do Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares como medida de morbidade. Rev. Saúde Pública 2002;36(3):307-312.

– Fleck MPA et al. Aplicação da versão em português do instrumento abreviado de avaliação da qualidade de vida "WHOQOL-bref". Rev. Saúde Pública, 2000;34(2):178-183.

– Cheremeta M. et al. Construção da versão abreviada do QWLQ-78: um instrumento de avaliação da qualidade de vida no trabalho. RBQV. 2011;3(1):1-15.

– Cippulo JP et al. Prevalência e fatores de risco para hipertensão em uma população urbana brasileira. Arq. Bras. Cardiol. 2010;94:519-526.

– Pitanga FJG, Lessa I. Sensibilidade e especificidade do índice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador, Brasil. Rev. bras. epidemiol. 2004;7(3):259-269.

– Lean MEJ, Han TS, Morrison CE.Waist circumference as a measure for indicating need for weight management. BMJ. 1995;311:158-161.

– Goston JL, Mendes LL. Perfil nutricional de praticantes de corrida de rua de um clube esportivo da cidade de Belo Horizonte, MG, Brasil. Rev Bras Med Esporte, 2011;17:13-17.

– Hsieh SD, MUTO T. The superiority of waist-to-height ratio as an anthropometric index to evaluate clustering of coronary risk factors among non-obese men and women. Preventive Medicine, 2005;40:216-220.

– Borim FSA, Guariento ME, ALMEIDA ER. Perfil de adultos e idosos hipertensos em unidade básica de saúde. Rev. Bras.Clin. Médica, 2011; 9:107-111.

– Scheffel RS et al. Prevalência de complicações micro e macrovasculares e de seus fatores de risco em pacientes com diabetes melito do tipo 2 em atendimento ambulatorial. Rev. Assoc. Med. Bras. 2004;50(3):263-267.

- Pasquali L. et al. Questionário de Saúde Geral de Goldberg (QSG): Adaptação brasileira. Psic.: Teor. e Pesq. 1994;10(3):421-438.

– Cunha JA. Manual da versão em português das Escalas Beck. São Paulo: Casa do Psicólogo; 2001.

– Dini GM, Quaresma MR, FERREIRA LM.Adaptação cultural e validação da versão brasileira da Escala de Auto-estima de Rosenberg. RBCP. 2004;19(1):41-52.

– Nunes MAA, Pinheiro AP.Risco e prevenção em transtornos do comportamento alimentar. In Nunes, M. A. A. et al editors. Transtornos alimentares e obesidade. Porto Alegre: Artmed; 1998.

– Cordás TA, Hochgraf PO. O "BITE": instrumento para avaliação da bulimia nervosa - versão para o português. J. bras. psiquiatr. 1993;42(3):141-144.

– Stunkard AJ, Sorenson T, Schlusinger F. Use of the danish doption register for the study of obesity and thinness. In: Kety SS, Rowland LP, Sidman RL, Mathysse SW, editors. The genetics of neurologic and psychiatric disorders. New York: Raven; 1983.

- World Health Organization.Global strategy on diet, physical activity and health. Geneva: WHO; 2004.

- Brasil. Ministério da Saúde. Vigitel Brasil 2009: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Brasília: Ministério da Saúde; 2010.

– Henrique IFS et al. Validation of the Brazilian version of Alcohol, Smoking and Substance Involvement Screening Test (ASSIST). Rev. Assoc. Med. Bras. 2004;50(2):199-206.

– Trigo TR, Teng CT, Hallak JEC. Síndrome de burnout ou estafa profissional e os transtornos psiquiátricos. Rev. psiquiatr. clín. 2007;34(5):223-233.

– Santos PG, Passos JP. O estresse e a síndrome de burnout em enfermeiros bombeiros atuantes em unidades de pronto-atendimento (UPAS). Revista de Pesquisa: cuidado é fundamental online. 2010;2(ed. Supl):671-675.

– Menegali TT et al. Avaliação da síndrome de burnout em policiais civis do município de Tubarão (SC). Rev Bras Med Trab. 2010;8(2);77-81.

– Pestana PRM et al. Relação entre qualidade de vida, burnout e condições de saúde entre bombeiros militares. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, 2014;12(1):855-865.

– Silva FC et al. Qualidade de vida de policiais: uma revisão sistemática de estudos observacionais. Revista Cubana de Medicina Militar, 2014;43(3):341-351.

– Ramey SL, Franke WD, Shelley MC. Relationship among risk factors for

nephrolithiasis, cardiovascular disease, and ethnicity: Focus on a law enforcement

cohort. AAOHN, 2004;52:116-121.

– Berg AM, Hem E, Lau B. Stress in the Norwegian police service. Occupational Medicine, 2005;55(2):113-120.

– Tabeleão VP, Tomasi E, Neves SF. Qualidade de vida e esgotamento profissional entre docentes da rede pública de Ensino médio e Fundamental no Sul do Brasil. Cad. Saúde Pública, 2011;27(12):2401-2408.

– Minayo MCS, Assis SG, Oliveira RVC. Impacto das atividades profissionais na saúde física e mental dos policiais civis e militares do Rio de Janeiro (RJ, Brasil). Ciênc. saúde coletiva, 2011;16(4):2199-2209.

– Viana GM et al. Relação entre Síndrome de Burnout, ansiedade e qualidade de vida entre estudantes de ciências da saúde. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, 2014;12(1):876-885.

– Violanti JM, Aron F. Sources of police stressors, job attitudes, and psychological distress. Psychological Reports, 1992;72:899-904.

– Kutlu R, Çivi S, Karaoglu O. The effects of depression and smoking upon the quality of life of municipal police officers. Marmara Medical Journal, 2008;21(3):220-230.

– Chen HC, Chou FH, Chen MC. A survey of quality of life and depression for Police officers in Kaohsiung, Taiwan. Quality of Life Research, 2006;15:925-932.

– Lipp ME. Stress and quality of life of senior Brazilian police officers. Spanish Journal of Psychology, 2009;12(2):593-603.

– Zalewska AM. Health promotion among bank workers: who is primarily in need of health promotion and what types of promoting activities they necessitate. In: Z. JUCZYNSKI & N. OGINSKA-BULIK (Eds.). Health promotion: A psychosocial perspective. (pp. 135-143). Poland: Universiy of Lódz Press; 1996.

– Brant LC, Gomes CM. O sofrimento e seus destinos na gestão do trabalho. Ciênc. saúde coletiva, 2005;10(4):939-952.

– Fernandes MGM, Nascimento NFS, Costa KNFM. Prevalências e determinantes de sintomas depressivos em idosos atendidos na atenção primária de saúde. Rev Rene. 2010;11(1):19-27.

– Rocha MCP, De Martino MMF. Estresse e qualidade do sono entre enfermeiros que utilizam medicamentos para dormir. Acta paul. enferm. 2009;22(5):658-665.

– Martins LF et al. Esgotamento entre profissionais da Atenção Primária à Saúde. Ciênc. saúde coletiva, 2014;19(12);4939-4950.