Reflexões sobre a trajetória do Aleitamento Materno no Brasil e suas interfaces com o movimento pela Humanização do Parto e Nascimento e com a Política Nacional de Humanização
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Como Citar

Venancio, S. I., Nogueira-Martins, M. C. F., & Giugliani, E. R. J. (2010). Reflexões sobre a trajetória do Aleitamento Materno no Brasil e suas interfaces com o movimento pela Humanização do Parto e Nascimento e com a Política Nacional de Humanização. Tempus – Actas De Saúde Coletiva, 4(4), pag.129–141. https://doi.org/10.18569/tempus.v4i4.840

Resumo

Apesar dos reconhecidos benefícios da amamentação, houve um declínio dessa prática no mundo todo. A partir da década de 70, em função das conseqüências do desmame precoce, verificou-se o início de um movimento mundial para a reconstrução da cultura da amamentação. Este artigo busca resgatar a trajetória das ações de promoção, proteção e apoio à amamentação no País, implementadas desde o início da década de 80, buscando identificar algumas de suas interfaces com o movimento de humanização do parto e nascimento e, mais recentemente, com a Política Nacional de Humanização. Pode-se dizer que os movimentos pela retomada da amamentação e pela humanização do parto e nascimento têm em seu ideário e em sua construção vários aspectos comuns. Dentre eles, destacam-se a incorporação da discussão sobre direitos e das recomendações com base em evidências científicas e a participação da sociedade civil organizada. Verifica-se, também, vários pontos de convergência entre as propostas trabalhadas no contexto do apoio ao aleitamento materno e as preocupações apontadas pela política de humanização, como a importância do acolhimento, do trabalho em equipe e do cuidado com o cuidador. Obviamente não se pretende esgotar essa discussão, mas levantar alguns pontos que permitam a reflexão sobre as possibilidades de articulação das diferentes estratégias para a promoção da amamentação, humanização do parto e implementação da PNH.
https://doi.org/10.18569/tempus.v4i4.840
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