Resumen
No contexto da pandemia do coronavírus-19, a comunidade foi inundada por uma quantidade significativa de fake news, que divulgam, de maneira manipulada e distorcida, informações já conhecidas e validadas cientificamente. Considerando o fenômeno disruptivo da infodemia do Covid-19 na Cidade Estrutural do DF, a pesquisa objetivou analisar as políticas relacionadas à comunicação, à difusão e à promoção do acesso a informações e conhecimentos técnicos-científicos sobre a pandemia nesta cidade. Respaldada nas relações de bio-poder, propostas por Foucault, desenvolveu-se pela identificação de aspectos da transferência de informações e conhecimentos técnico-científicos com vistas a subsidiar a mitigação dos efeitos da desinformação e minimização das desigualdades existentes em comunidades carentes com baixo nível de desenvolvimento social. Pela exploração e descrição de documentos de arquivo e aplicação de questionários, desenvolveu-se em dois seguimentos: nos centros clínicos de saúde pública da comunidade e junto à comunidade LGBTQIA+. Nos centros, analisou os fluxos informacionais do Estado para os agentes de saúde e, na comunidade, pela entrevista de dez pessoas, como estas são (des)informados. Os resultados sinalizam reflexões e ponderações sobre as ações fundamentais para identificação e reconhecimento da ausência do Estado na comunicação e no acolhimento das desigualdades que atravessam o cenário social, bem como a integração dos fluxos num surto viral e informacional.

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