DEFICIÊNCIA AUDITIVA RELACIONADA A INFECÇÃO GESTACIONAL PELO ZICA VÍRUS: REVISÃO INTEGRATIVA
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PIMENTEL, F. D., & LIMA, J. W. D. O. (2025). DEFICIÊNCIA AUDITIVA RELACIONADA A INFECÇÃO GESTACIONAL PELO ZICA VÍRUS: REVISÃO INTEGRATIVA. Tempus – Actas De Saúde Coletiva, 15(3). Recuperado a partir de https://tempus.unb.br/index.php/tempus/article/view/2756

Resumen

No Brasil, a partir do ano de 2015, foram registrados inúmeros casos de infecção, relacionados ao Zica vírus, em diversos estados da federação, especialmente no Nordeste em pouco tempo esta epidemia afetou o Brasil e particularmente o Ceará. Dentre as inúmeras complicações causadas pelo vírus, destacam-se aquelas resultantes de infecção gestacional, dentre elas temos a microcefalia e a deficiência auditiva no bebê. O acompanhamento auditivo, como o teste da orelhinha (otoemissões acústicas) e BERA (Brainstem Evoked Response Audiometry), é de difícil acesso ao Sistema Único de Saúde. O gerenciamento das causas da perda auditiva é um aspecto singular para a reabilitação do bebê, já que o diagnóstico tardio, ocasiona atraso intelectual, muitas vezes somente detectado no início da vida escolar. Fator relevante já que muitas mães cujos bebês nasceram sem microcefalia, têm uma falsa ideia que o filho não tem nenhum outro comprometimento. Estaremos analisando e enfrentando as sequelas deixadas pelo zica vírus, como a perda auditiva e a microcefalia. O objetivo geral do estudo é, avaliar a influência do zica vírus como causa de perda auditiva em bebês de mães contaminadas pelo vírus, no período entre 2015 e 2019 no estado do Ceará notificadas pela Secretária de Saúde do estado do Ceará através de informações da Vigilância Epidemiológica. Essas crianças serão submetidas à avaliação auditiva de acordo com faixa etária.Será avaliada a prevalência de perda auditiva, semelhante a que encontramos em outras infecções congênitas, como aquelas ocasionadas por citomegalovírus, rubéola, sarampo, meningite, caxumba, entre outras.
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