Resumen
A fluoretação das águas é uma medida efetiva para reduzir a cárie dentária, e o uso do flúor no abastecimento público é considerado o principal fator para a obtenção de redução na prevalência da doença. Apesar de a fluoretação das águas ser obrigatória no Brasil desde 1974, várias cidades brasileiras não fluoretam suas águas, como é o caso dos municípios do estado de Pernambuco. O objetivo deste estudo foi analisar teores de flúor nas águas de abastecimento público da 4ª macrorregião de saúde de Pernambuco, em municípios maiores de 50.000 habitantes.Trata-se de uma pesquisa de estudo analítico transversal a partir da comparação obtida pelos dados secundários disponibilizados pela COMPESA,pelos dados primários do projeto VIGIFLÚOR, Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para consumo humano(SISÁGUA), dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento (SNIS). Foi observado a presença de flúor natural em teores significativos nos mananciais, porém essa concentração não chega na ponta da rede de abastecimento pública. Este estudo reforça a necessidade de que a água de abastecimento dos municípios Salgueiro, Petrolina, Araripina e Ouricuri sejam fluoretados artificialmente e o seu controle de vigilância seja realizado através de programas de heterocontrole, para atingir seu benefício máximo para proteção da cárie e evitar o risco de causar fluorose.Citas
Alves RX, Fernandes GF, Razzolini MTP, Frazão P, Marques RAA, Narvai PC. Evolução do acesso à água fluoretada no estado de São Paulo, Brasil: Dos anos 1950 à primeira década do século XXI. Cad Saude Publica. 2012;28:69–80.
Frias AC, Narvai PC, Araújo ME, Zilbovicius C, Antunes JLF. Custo da fluoretação das águas de abastecimento público, estudo de caso Município de São Paulo, Brasil, período de 1985-2003. Cad Saude Publica. 2006 Jun;22(6):1237–46.
Narvai PC, Frias AC, Fratucci MVB, Antunes JLF, Carnut L, Frazão P. Fluoretação da água em capitais brasileiras no início do século XXI: a efetividade em questão. Saúde em Debate. 2014;38(102):562–71.
Narvai PC. Cárie dentária e flúor: uma relação do século XX. Cien Saude Colet. 2000;5(2):381–92.
Frazão P, Peres MA, Cury JA. Qualidade da água para consumo humano e concentração de fluoreto. Rev Saude Publica. 2011.
Ramires I, Buzalaf MAR. A fluoretação da água de abastecimento público e seus benefícios no controle da cárie dentária - Cinqüenta anos no Brasil. Cienc e Saude Coletiva. 2007;12(4):1057–65.
Ferreira RGLA, Bógus CM, Marques RA de A, Menezes LMB de, Narvai PC. Fluoretação das águas de abastecimento público no Brasil: o olhar de lideranças de saúde. Cad Saude Publica. 2014 Sep;30(9):1884–90.
Bleicher L, Silva Frota FH. Fluoretação da água: Uma questão de política pública - O caso do Estado do Ceará. Cienc e Saude Coletiva. 2006;11(1):71–8.
Anjos GAS, Fernandes GF. In the state of Pernambuco: a historical background. Odontol clín-cient. 2015;14(1):559–64.
Carvalho NP. Fluoretação nos sistemas de abastecimento de água nos municípios que compõem a VII regional de saúde - Salgueiro - PE. 2012. 39 f. TCC (Especialização em Gestão de Sistemas e Serviços em Saúde) - Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, Recife, 2012.
Carvalho RB, Medeiros UV, Santos KT, Filho ACP. Influência de diferentes concentrações de flúor na água em indicadores epidemiológicos de saúde/doença bucal. Cienc e Saude Coletiva. 2011 Aug;16(8):3509–18.
Carvalho RWF, Gonçalves SRJ, Valois RBV, Oliveira CCC, Barretto SR, Santos CNA, et al. Study of the prevalence of dental fluorosis in Aracaju. Cienc e Saude Coletiva. 2010;15:1875–80.
Governo do Estado de Pernambuco. Povo de Pernambuco. Disponível em: http://www.pe.gov.br/conheca/populacao/.
Narvai PC, Frazão P, Fernandez RAC. Fluoretação da água e democracia. Saneas. 2004;29–33.
Ferreira H, Gomes A, Silva K, Rodrigues C, Gomes A. Avaliação do teor de flúor na água de abastecimento do município de Vitória-ES. Rev da Assoc Paul Cir. 1999;53(6):455–9.
Silva JS, Val CM, Costa JN, Moura MS, Silva TAE, Sampaio FC. Heterocontrole da fluoretação das águas em três cidades no Piauí, Brasil. Cad Saude Publica. 2007;23(5):1083–8.
Panizzi M, Peres MA. Dez anos de heterocontrole da fluoretação de águas em Chapecó, Estado de Santa Catarina, Brasil. Cad Saude Publica. 2008;24(9):2021–31.
Carmo C, Alvez C, Cavalcant P, Ribeiro C. Avaliação da fluoretação da água do sistema de abastecimento público na Ilha de São Luís, Maranhão, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva. 2010;15:1835–40.
Wambier D, Pinto M, Kloth A, Vetorazzi M, Ditterich R, Oliveira D. Análise do teor de flúor nas águas de abastecimento público de Ponta Grossa-PR: Dez meses de heterocontrole. Biol Heal Sci. 2007;13:65–72.
Lima FG, Lund RG, Justino LM, Demarco FF, Del Pino FAB, Ferreira R. Vinte e quatro meses de heterocontrole da fluoretação das águas de abastecimento público de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. Cad Saude Publica. 2004 Apr;20(2):422–9.
Miranda L, Carlos A. Avaliação de variáveis socioeconômicas na prevalência de cárie e fluorose em municípios com e sem fluoretação das águas de abastecimento. Rev Odontol UNESP. 2010;39(5):255–62.
Grec RHC, Moura PG, Pessan JP, Ramires I, Costa B, Buzalaf MAR. Concentração de flúor em águas engarrafadas comercializadas no município de São Paulo. Rev Saude Publica. 2008;42(1):154–7.