Abstract
Este relato de experiência se refere ao povo
Tupinikim, habitante de um território localizado
no município de Aracruz (Estado de Espírito
Santo), e que representa um dos setores sociais
mais antigo da área, pertencente ao tronco
lingüístico Tupi da família tupi-guarani. Além
de dados históricos que datam da colonização
portuguesa e redução jesuítica, enfatiza-se
na situação criada pelo governo estadual que
resultou na compra e posse por parte de uma
1 Estudante de Enfermagem. Faculdade de Ciências da
Saúde (FS) – Universidade de Brasília (UnB);
2 Doutora em Sociologia. Professora do Departamento
de Saúde Coletiva (FS/UnB), Coordenadora do Projeto
Vidas Paralelas Indígena (PVPi);
3 Doutor em Saúde Pública. Professor do Departamento
de Saúde Coletiva (FS/UnB), tutor do PVPi;
4Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências
da Saúde da UnB; Pesquisadora Associada do
Núcleo de Estudos em Saúde Pública / NESP, tutora do
PVPi;
5 Doutora em História. Professora do Departamento de
Enfermagem (FS/UnB), tutora do PVPi.
multinacional (Aracruz Celulose) das terras
indígenas, sua invasão por posseiros e na luta
dos povos indígenas pela sua reintegração.
Finalmente foi homologada a demarcação
de 18.100 hectares das “Terras Indígenas
Comboios e Tupinikim” recentemente em
2009. Descrevem-se as associações indígenas
que unem os tupinikim e gaurani. Detalha-se
a incipiente presença de estudantes indígenas
em universidades públicas e a perda gradual
dos conhecimentos e práticas tradicionais. O
Distrito Sanitário Especial Indígena de Minas
Gerais / Espírito Santo (DESEI) é responsável
pela atenção à saúde dos indígenas dos dois
Estados e tem sua sede na cidade de Governador
Valadares (MG), muito distante de Aracruz, o
qual implica em dificuldades administrativas.