Do desperdício da água ao nojo do outro: corpo, individualidade e as tensões constitutivas das interações em banheiros públicos
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Como Citar

TEIXEIRA, C. C., & SILVA, C. D. da. (2011). Do desperdício da água ao nojo do outro: corpo, individualidade e as tensões constitutivas das interações em banheiros públicos. Tempus – Actas De Saúde Coletiva, 5(2), Pág. 217–234. Recuperado de https://tempus.unb.br/index.php/tempus/article/view/976

Resumo

O artigo propõe uma abordagem antropológica sobre os usos da água nos banheiros públicos da Universidade de Brasília. Conduzida por equipe multidisciplinar, o ponto de partida da pesquisa era compreender o modo como a água era usada e se, eventualmente, haveria algum tipo de comportamento que pudesse ser classificado como “desperdício”. Para estudar essa problemática, optamos por um enfoque da água como elemento de mediação da relação entre as instalações dos banheiros e os usuários. A qualificação da experiência dos usuários, assim construída, nos deu a medida da complexidade sobre a conexão entre dois sistemas de classificação atuantes: 1) os significados das noções de descuido, descaso e desperdício para a relação do usuário com o bem público (o espaço do banheiro e sua materialidade) e 2) as orientações de conduta observada entre os usuários e suas antecipações de sujeira, nojo e desconsideração. Através desse mote analítico, são exploradas as relações entre público e privado, corpo e corporalidade e o sentido da confiança na discussão sobre a individualidade do sujeito moderno. Palavras-chave: Antropologia, Saúde Coletiva, Aprovisionamento Público de Água
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