Resumo
Falar de saúde das populações do campo, da floresta e das águas é falar da luta contra um modelo de desenvolvimento que considera essas populações invisíveis ou um empecilho para o “progresso”. Na primeira década do século XXI o Brasil vive um processo de reprimarização de sua economia, fazendo com que as comodities minerais e agrícolas passem a representar a maior parte de tudo o que é exportado. Os movimentos sociais do campo brasileiro vêm denunciando esse modelo neodesenvolvimentista, pois vem impedindo o cumprimento da função socioambiental da terra e a realização da reforma agrária, promovendo a exclusão e a violência, impactando negativamente também nas cidades, agravando a dependência externa e a degradação dos recursos naturais.