Internações evitáveis por Atenção Primária em menores de cinco anos nas macrorregiões de saúde de um estado nordestino: comparação entre os triênios 2000-02 e 2010-12
PDF
PDF (English)

Palavras-chave

Hospitalização
Atenção Primária à Saúde
Criança

Como Citar

Rocha, D. M., Pinto Junior, E. P., Costa, L. de Q., & Silva, M. G. C. da. (2018). Internações evitáveis por Atenção Primária em menores de cinco anos nas macrorregiões de saúde de um estado nordestino: comparação entre os triênios 2000-02 e 2010-12. Tempus – Actas De Saúde Coletiva, 11(4), Pág. 91–104. https://doi.org/10.18569/tempus.v11i4.1980

Resumo

O Ministério da Saúde lançou em 2008, a Lista de Condições Sensíveis à Atenção Primária, que abrange 19 grupos de diagnósticos considerados sensíveis à Atenção Primária a Saúde. Objetivou-se analisar o comportamento das Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária em crianças menores de cinco anos nas macrorregiões do Ceará, comparando os triênios 2000-02 e 2010-12. O estudo foi do tipo ecológico longitudinal, onde regiões do estado do Ceará foram observados e comparados ao longo de dois triênios, 2000-2002 e 2010-2012. A população foi composta por indivíduos com idade inferior a cinco anos de idade hospitalizados na rede conveniada ao SUS, no período entre 2000-2002 e 2010-2012. O grupo das gastroenterites infecciosas e complicações foi o mais frequente das internações em todas as faixas etárias, com 33.371 (53,12%), 47.328 (43,93%) e 80.699 (47,31%), respectivamente, em menores que um ano, entre um a quatro anos e menores que cinco anos. A asma e as pneumonias bacterianas ficaram em segunda e terceira causa, respectivamente, para a faixa etária de um a quatro anos com valores de 31164 (28,92%) para asma e 16832 (15,62%) para pneumonias bacterianas. Observou-se redução na participação relativa das gastroenterites infecciosas e asma, em menores de um ano. A análise das taxas de internação por Condições Sensíveis à Atenção Primária é de grande importância, uma vez que é possível comparar o traçado de uma progressão das taxas de internações durante anos com a implementação das assistências à saúde, gerando informações que serão essenciais para a gestão em saúde.
https://doi.org/10.18569/tempus.v11i4.1980
PDF
PDF (English)

Referências

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde. 2012.

Paim J, Travassos C, Almeida C, Bahia L, Macinko J. Saúde no Brasil 1: sistema de saúde brasileiro: história, avanços e desafios. Salvador: The Lancet. 2011;1:11-31.

Alfradique ME, Bonolo PdeF, Dourado I, Costa MFL, Macinko J, Mendonça CS, et al. Internações por condições sensíveis à atenção primária: a construção da lista brasileira como ferramenta para medir o desempenho do sistema de saúde (Projeto ICSAP – Brasil). Cad. Saúde Pública. 2009;25(6):1337-1349.

Nedel FB, Facchini LA, Martin M, Navarro A. Características da atenção básica associada ao risco de internar por condições sensíveis à atenção primária: revisão sistemática de literatura. Epidemiol. Serv. Saúde. 2010;19(1):61-75.

Billings J, Teicholz N. Uninsured patients in District of Columbia hospitals. Health Affairs. 1990;9(4):158-165.

Gianluca F, Iezzi E, Bruni ML, Ugolini C. Incentives in primary care and their impact on potentially avoidable hospital admissions. Eur J Health Econ. 2012;4:297-309.

Rehem TCMSB, Oliveira MRF, Ciosak SI, Egry EY. Record of hospitalizations for ambulatory care sensitive conditions: validation of the hospital information system. Revista da Escola de Enfermagem da USP. 2013;21(5):1159-1164.

Butler DC, Thurecht L, Brown L, Konings P. Social exclusion, deprivation and child health: a spatial analysis of ambulatory care sensitive conditions in children aged 0-4 years in Victoria, Australia. Social Science & Medicine. 2013;94:9-16.

Rubinstein A, López A, Caporale J, Valanzasca P, Irazola V, Rubinstein F. Avoidable hospitalizations for ambulatory care sensitive conditions as an indicator of primary health care effectiveness in Argentina. JAmbulCareManage. 2014;37(1):69-81.

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria Nº 221, de 17 de abril de 2008. Publica a lista brasileira de internações por condições sensíveis à atenção primária. Diário Oficial da União Brasília. 2008 abr 18;Sect. 1:70-71.

Caminal J, Sânchez E, Morales M, Peiró R, Márquez S. Avances em España em La investigación com el indicador "hospitalización por enfermedadessensibles a cuidados de atención primaria". Rev EspSaludPública. 2002;76(3):189-96.

Caldeira AP, Fernandes VBL, Fonseca WP, Faria AA. Internações pediátricas por condições sensíveis à atenção primária em Montes Claros, Minas Gerais, Brasil. Rev. Bras. Saúde Mater. Infant. Recife. 2011;11(1):61-71.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/estadosat/perfil.php?sigla=ba. Acesso em: 09/05/2015.

Moura BLA, Cunha RCde, Aquino R, Medina MG, Mota ELA, Macinko J, et al. Principais causas de internação por condições sensíveis à atenção primária no Brasil: uma análise por faixa etária e região. Rev. Bras. Saude Mater. Infant. 2010;10(supl.1):83-91.

Barreto JOM, Nery IS, Costa MSC. Estratégia Saúde da Família e internações hospitalares em menores de 5 anos no Piauí, Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro. 2012;28(3):515-526.

Prezotto KH, Chaves MMN, Mathias TAdeF. Hospitalizações sensíveis à atenção primária em crianças,segundo grupos etários e regionais de saúde segundo grupos etários e regionais de saúde. Rev Esc Enferm USP. 2015;49(1):44-53.

Bird SR. Noronha M, Kurowski W, Orkin C, Sinnott H. Integrated care facilitation model reduces use of hospital resources by patients with pediatric asthma. J Healthc Qual. 2012;34(3):25-33.

Junqueira RMP, Duarte EC. Hospitalizations due to ambulatory care-sensitive conditions in the Federal District, Brazil, 2008. Rev SaúdePública. 2012;46(5):761-8.

Lamberti LM, Fischer W, Christa L, Black RE. Systematic review of diarrhea duration and severity in children and adults in low- and middle-income countries. BMC Public Health. 2012;12:832.

Castro ALBde, Andrade CLTde, Machado CV, Lima LDde. Condições socioeconômicas, oferta de médicos e internações por condições sensíveis à atenção primária em grandes municípios do Brasil. Cad. Saúde Pública. Rio de Janeiro. 2015;31(11):2353-2366.

Aquino R, Oliveira NF, Barreto ML. Impact of the family health program on infant mortality in Brazilian municipalities. Am J Public Health. 2009;99(1):87–93.

Andrade LOM, Barreto ICHC, Coelho LCA. A Estratégia Saúde da Família e o SUS. In: ROUQUAYROL, M.Z.; SILVA, M.G.C. (org.). Epidemiologia& Saúde. 7 Ed. Rio de Janeiro: MedBook. 2013;601-621.

Rasella D, Aquino R, Barreto ML. Impact of the Family Health Program on the quality of vital information and reduction of child unattended deaths in Brazil: an ecological longitudinal study. BMC Public Healthv. 2010;10(1):380.

Victoria C, Aquino EML, Leal MC, Monteiro CA, Barros FC, Szwarcwald CL. Saúde de mães e crianças no Brasil: progressos e desafios. The Lancet. 2011;2:32-46.