Abstract
Este artigo discute a importância dos conflitos e situações de injustiça ambiental para o campo da saúde ambiental e da própria vigilância, ampliando e ressignificando suas possibilidades a partir de sua articulação solidária com as demandas dos movimentos sociais e das populações atingidas por empreendimentos econômico produtivos
ou pela omissão de políticas e instituições públicas. Acreditamos que tal
perspectiva se aproxima da Saúde Coletiva e dos chamados determinantes sociais do processo saúde-doença em função de aproximar o SUS e seus trabalhadores dos territórios e disputas onde se concretizam historicamente as desigualdades sócioambientais e a vulnerabilização das populações impactadas por diferentes projetos de
desenvolvimento e empreendimentos econômicos. Para isso, o artigo apresenta o projeto Mapa dos Conflitos e Injustiça Ambiental e Saúde no Brasil, apresentando alguns resultados preliminares através de quatro casos selecionados que ampliam a concepção de saúde. Concluímos apontando algumas pontes entre os resultados do Mapa da Injustiça Ambiental com a proposição de Vigilância em Saúde Ambiental mais
ampla, participativa e intersetorial.