Abstract
Neste texto busca-se identificar questões relevantes nas raízes e estrutura do financiamento, do modelo de gestão e nos decorrentes fluxos dos gastos públicos, que compelem a um modelo de atenção à saúde que não aquele definido pelos princípios e diretrizes da Constituição / 1988, com base no pacto social construído na época. Busca-se alertar contra uma lógica e rumos hegemônicos, que constroem outro sistema público de saúde, ao mesmo tempo em que identifica os avanços conquistados e seus nichos geradores, contra-hegemônicos, em permanente resistência e construindo nos limites do possível como se preparando para o futuro e para ele apontando. Em função das questões levantadas, expõe reflexões sobre as trajetórias da democratização do Estado e da Reforma Sanitária.