Abstract
Passados 20 anos da 8ª. Conferência Nacional de Saúde e três décadas da fundação do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde, justifica-se uma análise sobre o projeto e o processo da Reforma Sanitária Brasileira. Partindo de tipos de práxis defende-se a tese segundo a qual a Reforma Sanitária Brasileira constitui uma reforma social. O estudo indica que a Reforma Sanitária Brasileira, embora proposta como práxis de reforma geral e teorizada para alcançar a revolução do modo de vida, apresentaria como desfecho uma reforma parcial e setorial. Realizou-se um estudo, tendo como componente descritivo o ciclo idéia-proposta-projeto-movimento-processo, recorrendo ao referencial "gramsciano", particularmente as categorias de revolução passiva e transformismo. Procura-se acentuar a relevância do elemento jacobino, cuja radicalização da democracia contribuiria para a alteração da correlação de forças, desequilibrando o binômio conservação-mudança.