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Abstract
A mortalidade materna é um grave problema de saúde pública e uma prioridade global dos sistemas de saúde. Esta pesquisa tem como objetivo caracterizar o perfil epidemiológico dos óbitos maternos no estado do Ceará no período de 2012 a 2017. Trata-se de um estudo ecológico, descritivo e com abordagem quantitativa. O trabalho foi composto pelos registros de mortes maternas da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará analisados por estatística descritiva. O total de óbitos maternos no período foi de 551, e o ano com maior número de registros foi 2014, totalizando 22,9% dos óbitos. Com relação aos dados sociodemográficos, os grupos mais afetados foram as mulheres entre 20 e 29 anos (39%), com predomínio da raça/cor parda (70%), escolaridade de 8 a 11 anos de estudo (33%) e estado civil solteira (48%). A maioria dos óbitos ocorreu em ambiente hospitalar (84%), sendo as obstétricas diretas a principal causa. A mortalidade materna continua sendo um problema de saúde no Brasil, evidenciando que há muito a ser feito para alcançar as metas estabelecidas pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. As atuais ações e políticas de saúde para sua redução não têm sido capazes de transpor esse desafio. A implementação de políticas públicas que minorem a desigualdade social presente na região estudada e uma atenção sexual e reprodutiva de qualidade são fatores indispensáveis para a melhoria desse indicador.
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