Abstract
O estudo analisa o panorama dos textos jornalísticos veiculados acerca da epidemia de Zika no jornal de maior circulação do estado do Tocantins no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2018. Foi realizada uma análise de conteúdo qualiquantitativa e encontrados 44 textos sobre a temática. Identificou-se que a maior quantidade de informações do jornal se refere a prevenção à doença e divulgação do número de casos no estado e no Brasil, a relação do vírus Zika com a microcefalia em bebês também foi tema central dá cobertura. Indentificou-se ainda uma culpabilização da sociedade pela epidemia de zika e pouca oportunidade de fala da população no jornal. A forma como uma notícia é veiculada produz significados distintos nos leitores, da mobilização popular e o esclarecimento à disseminação de medo e preocupação. Por esse motivo, é importante que a abordagem jornalística traduza os dados epidemiológicos de forma fidedigna e com qualidade para a população.References
Porto, RM; Costa, PRSM. O Corpo Marcado: a construção do discurso midiático sobre Zika Vírus e Microcefalia. Cadernos de Gênero e Diversidade, v. 3, n. 2, 2017.
Araújo IS; Cardoso JM. Comunicação e Saúde. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2007.
Herte de Moraes, C; Beling Loose, E; Tourinho Girardi, I. Dengue, zika e chikungunya: análise da cobertura do risco de doenças associadas às mudanças climáticas sob a ótica do jornalismo ambiental. Anuario Electrónico de Estudios en Comunicación Social “Disertaciones”. 2017; 10(2), 120-132.
Langbecker, Andreaet al. A cobertura jornalística sobre temas de interesse para a Saúde Coletiva brasileira: uma revisão de literatura. Interface - Comunicação, Saúde, Educação [online]. 2019, v. 23
Cao-Lormeau, VM; Blake, A; Mons, S; Lastère, S; Roche, C; Vanhomwegen, J.& Vial, AL. Guillain-Barré Syndrome outbreak associated with Zika virus infection in French Polynesia: a case-control study. The Lancet, 2016, 387(10027).
Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico - Monitoramento dos casos de dengue, febre de chikungunya e febre pelo vírus Zika até a Semana Epidemiológica 54. Bol Epidemiológico.
Bardin. L. Análise de conteúdo. Lisboa: Editora Edições 70, 1977
Ministério da Saúde. Vírus Zika no Brasíl: A resposta do SUS. 1ª edição. Brasília, Brasil: Editora MS. 2017.
Castiel LD; Vasconcellos-Silva PR; Moraes DR. Micromortevida Severina? A comunicação preemptiva dos riscos. Cad. Saúde Pública. 2017, 33(8).
Achee NL; Gould F; Perkins TA; Reiner RC; Morrison AC; Ritchie SA; et al. A critical assessment of vector control for dengue prevention. PLoS Negl Trop Dis. 2015; 9(5).
Santos, CQ; Cardoso, AMP. Inclusão digital e desenvolvimento local. TransInformação, Campinas, 2009, 21(1): p. 7-22, jan./abr.
Hohlfeld A; Martinho LC; França VV. Teorias da Comunicação: Conceitos, escolas e tendencias. 15ª ed. Pedropolis, RJ: Editora Vozes, 2015.
Cavaca, AG et al.‘Valor-saúde’: critérios epidemiológicos potenciais para a comunicação e saúde. RECIIS - Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde, Rio de Janeiro, v. 12, n. 1, p. 26-42, jan./mar. 2018.
Bennett P; Calman K; Curtis S; Fischbacher-Smith D. Understanding public responses to risk: issues around policy and practice. In: Bennet, P., Calman, K., Curtis, S. and Fischbacher-Smith, D. (eds.) Risk Communication and Public Health. Oxford University Press: Oxford, pp. 3-22.
Ferraz MR; Gomes MAM. Epidemia e memória: narrativas jornalísticas na construção discursiva sobre a dengu. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2010.
Dines, A. Sensacionalismo na Imprensa. Comunicações e Artes. Uma Semana de Estudos sobre Sensacionalismo, São Paulo, n. 4, p. 67 –75, 1971.
Diniz, D. Vírus Zika e mulheres. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro , v. 32, n. 5, 2016 .
Tomal NR. Zika vírus associado à microcefalia. Revista de Patologia do Tocantins, v. 3, n. 2, p. 32-45, 2016.
Brunoni D et al . Microcefalia e outras manifestações relacionadas ao vírus Zika: impacto nas crianças, nas famílias e nas equipes de saúde. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 21, n. 10, p. 3297-3302, Oct. 2016
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2024 Tempus Actas de Saúde Coletiva