Acolhimento: concepções e práticas dos profissionais que compõem as equipes interdisciplinares do Hospital Universitário de Brasília (HUB)
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Keywords

acolhimento
equipe interdisciplinar de saúde
vínculo

How to Cite

de Farias, M. C., & Merçon de Vargas, C. R. (2018). Acolhimento: concepções e práticas dos profissionais que compõem as equipes interdisciplinares do Hospital Universitário de Brasília (HUB). Tempus – Actas De Saúde Coletiva ISSN 1982-8829, 11(3), Pág. 163–178. https://doi.org/10.18569/tempus.v11i3.2472

Abstract

Este trabalho teve o objetivo de conhecer a percepção dos profissionais que vivenciam sua prática de trabalho em equipes interdisciplinares de serviços inseridos no Hospital Universitário de Brasília (HUB) da Universidade de Brasília (UnB) sobre o acolhimento. Pretendeu-se estimular a reflexão sobre o acolhimento; conhecer os objetivos e a operacionalização do acolhimento nos Serviços; além de identificar a compreensão dos profissionais acerca das necessidades dos usuários. Trata-se de uma pesquisa qualitativa descritiva. Os dados foram coletados por meio de questionário com perguntas abertas. Participaram da pesquisa 14 profissionais, dos quais quatro são do CMI, um do Projeto Com-Vivência e nove do UNACON. Constatou-se que as concepções de acolhimento estão de acordo com os conceitos e reflexões dos autores referenciados na literatura e as bases teóricas que fundamentam a prática do acolhimento, se pautam na legislação do Sistema Único de Saúde (SUS) e na Política Nacional de Humanização (PNH). Identificou-se que a presença de elementos como vínculo, forma de olhar, escuta e fornecimento de informações contribuem para uma compreensão de acolhimento coerente com os princípios do SUS e com a Reforma Sanitária cuja proposta pauta-se na concepção ampliada de saúde e na garantia dos direitos sociais. Observou-se que a maioria reconhece o acolhimento como uma intervenção profissional e a caracterizam como uma atividade de natureza individual e coletiva com momento específico e proposta definida. Concluiu-se que é necessário ampliar a concepção de acolhimento para além da atividade específica, exigindo um investimento maior na habilidade de cuidar e estar atento para acolher.
https://doi.org/10.18569/tempus.v11i3.2472
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