Abstract
Este estudo, com relatos e narrativas dos grupos realizados nos Postos de Saúde, descreve as relações da população LGBTT, em especial das travestis e transexuais, com a política de saúde no município de Goiânia.
O primeiro caminho deste trabalho foi entender a dificuldade dos gestores e dos profissionais de saúde além do atendimento à população LGBTT nos Postos de Saúde em Goiânia para poder envolver o movimento social e os estudos sobre orientação sexual e gênero dentro da formação e capacitação destes profissionais de saúde. O segundo aspecto de reflexão neste texto são os fatores de vulnerabilidade dessa população, considerando que são esses fatores sociais de risco que aumentam preconceitos e discriminações contra essas pessoas e sua falta de acesso à saúde. O terceiro aspecto é levantar a idéia de que os postos de saúde podem ser entendidos e compreendidos como algo além de uma instituição e que se relaciona com a garantia de direitos e de cidadania. A metodologia adotada é qualitativa, com descrição de relatos e narrativas dos profissionais de saúde nos grupos capacitados com os mini-cursos em Goiânia na Semana de Saúde LGBTT (setembro de 2016). Todo o trabalho foi realizado em 15 Postos de Saúde no município de Goiânia, de no máximo 25 pessoas por grupo entre servidores da saúde e usuários, que tinha como objetivo entender a exclusão (acesso e receptibilidade) da população LGBTT na rede de atenção á saúde.