Fatores relacionados aos principais agravos perinatais evitáveis em um hospital público do Distrito Federal.
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Como Citar

Brito, P. P., & Souza, L. M. (2015). Fatores relacionados aos principais agravos perinatais evitáveis em um hospital público do Distrito Federal. Tempus – Actas De Saúde Coletiva, 8(4), Pág. 239–255. https://doi.org/10.18569/tempus.v8i4.1595

Resumo

Introdução: A qualidade da assistência ao pré-natal, ao parto e ao recém-nascido são fatores determinantes da morbimortalidade perinatal. A realização de um pré-natal adequado e assistência ao parto qualificada reduziriam a incidência de agravos e óbitos perinatais, que são em maior parte evitáveis. Objetivo: Identificar os fatores relacionados aos principais agravos perinatais em um centro obstétrico. Método: Pesquisa descritiva e exploratória de natureza quanti-qualitativa. Foram realizadas entrevistas e análise de prontuários de trinta puérperas e recém-nascidos. Os resultados foram tabulados utilizando-se o Software SPSS, versão 20.0, para processamento e análise estatística. Foi realizada análise temática das entrevistas, sendo tabuladas de acordo suas freqüências, identificando as divergências e convergências entre os dados. Resultados: Os agravos perinatais mais frequentes foram: Prematuridade (74,2%), Desconforto Respiratório (71%), Baixo Peso (51,6%), Infecção ou Sepse (41,9%), Asfixia Perinatal (19,4%) e Oligodrâmnia (19,4%). Estes agravos foram relacionados a diversos fatores como: pré-natal inadequado, com menos de seis consultas (70%) e início tardio (50%); e presença de agravos maternos como: alterações do líquido amniótico (50%) e trabalho de parto prematuro (50%). As entrevistadas acrescentaram outros fatores como: falhas no cuidado profissional (43%), falhas na assistência e no serviço (33%), dificuldade de acesso (19%) e falhas no autocuidado materno (16,6%). Conclusão: Destacou-se nesse estudo a ocorrência de agravos perinatais em filhos de mães com perfil sócio-demográfico estável e em recém-nascidos a termo, como também a porcentagem de óbitos (16,1%). Os agravos e os óbitos perinatais poderiam ter sido evitados com qualificada assistência ao pré-natal, ao parto e ao recém-nascido.
https://doi.org/10.18569/tempus.v8i4.1595
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