Ser vitoriosa e valente: o câncer de mama vivido por jovens mulheres
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Como Citar

Venancio, M. M. R. (2011). Ser vitoriosa e valente: o câncer de mama vivido por jovens mulheres. Tempus – Actas De Saúde Coletiva, 5(2), Pág. 179–192. Recuperado de https://tempus.unb.br/index.php/tempus/article/view/974

Resumo

O presente artigo discorre a respeito do tratamento do câncer de mama de duas jovens mulheres. A pesquisa foi realizada na cidade de Atibaia, interior de São Paulo. O trabalho de campo foi realizado entre sessões de quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia, mas também ultrapassou o âmbito clínico. O objetivo principal foi investigar a maneira como estas mulheres vivenciam o câncer de mama. O foco da pesquisadora é para os processos terapêuticos e seus impactos nas mulheres. Pela observação participante, puderam-se observar os comportamentos e quais foram os sentimentos das mulheres nas devidas terapias, como as dores físicas, o sofrimento emocional e as relações de proximidade e distância entre as pacientes e os profissionais de saúde. A dimensão afetiva e relacional das mulheres com os maridos modifica-se após a cirurgia de mastectomia e com o tratamento de quimioterapia. As mudanças estéticas e fisiológicas engendram nas mulheres novas atitudes na prática sexual: o controle ou a exibição da modificação dos seios, prazeres sexuais intensificados e a recorrência a produtos eróticos como gel lubrificante. Na tentativa de garantir a vida e a saúde, as mulheres assumem a responsabilidade de cuidarem de si e seguem a risca todas as orientações médicas que atingem inclusive o plano psicológico. O tratamento do câncer de mama não se restringe ao cuidado biológico. Há a necessidade de haver um acompanhamento psicoterápico para as mulheres lidarem com os traumas gerados pelo tratamento da enfermidade. Além disso, a solidão na doença reafirma a importância da escuta psicológica que muitas vezes não é possível as mulheres terem por parte daqueles que compõem o seu círculo relacional e afetivo.
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