Prevalência de incapacidade para o trabalho no setor saúde no Brasil, 2004
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Como Citar

Barbosa-Branco, A., & Albuquerque-Oliveira, P. R. (2011). Prevalência de incapacidade para o trabalho no setor saúde no Brasil, 2004. Tempus – Actas De Saúde Coletiva, 5(1), Pág. 235–250. Recuperado de https://tempus.unb.br/index.php/tempus/article/view/929

Resumo

Este artigo tem por objetivo estimar a prevalência de benefícios auxíliodoença, BAD concedidos pelo Instituto Nacional de Seguro Social, INSS aos empregados do ramo de atividade saúde. Trata-se de um estudo descritivo, censitário, sobre os BAD concedidos pelo INSS aos empregados do ramo saúde no Brasil, em 2004. A população foi constituída pela média mensal dos vínculos empregatícios declarados ao Cadastro Nacional de Informações Sociais. Todas as prevalências foram estimadas com base em 10.000 vínculos empregatícios. Foram estudadas as variáveis, atividade econômica, sexo, espécie de benefício e CID-10. A subnotificação da relação trabalho-doença foi avaliada por razão de prevalência-(RP) entre os BAD previdenciários e acidentários. Os resultados evidenciam que, em 2004, os empregados da saúde (N=852468) receberam 37.104 BAD, com prevalência de 435,25 por 10.000 empregados. Desses BAD, 93,1% foram declarados pelo INSS como previdenciário, com RP previdenciário de 13,8 comparado àqueles acidentários. A prevalência de BAD estimada entre as mulheres foi 40,0% superior a dos homens. Os grupos diagnósticos com maiores prevalências de benefícios foram doenças osteomusculares (113,92), lesões (80,99) e doenças mentais (54,18). O ramo atendimento hospitalar-8511 presentou a maior prevalência de BAD (550,78). Concluise que, apesar da moderada prevalência de BAD, o ramo saúde mostra ampla variação inter sub-ramos, sugerindo diferentes condições de trabalho e adoecimento, alertando para a necessidade de eliminar/minimizar riscos e adotar medidas preventivas mais eficazes, principalmente para as doenças osteomusculares e mentais.
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