Fomento à pesquisa em Doenças Negligenciadas no país
Sem título

Palavras-chave

Doenças Negligenciadas – Fomento à Pesquisa – Ciência e Tecnologia em Saúde

Como Citar

de Melo e Silva, C. A., & Andrade, B. L. A. (2018). Fomento à pesquisa em Doenças Negligenciadas no país. Tempus – Actas De Saúde Coletiva, 12(1), Pág. 101–112. https://doi.org/10.18569/tempus.v10i4.2499

Resumo

O tema fomento à pesquisa é relevante pois retoma a importância da pesquisa e da inovação em saúde no país, especialmente, quando trata de temas de grande valor mundial para a saúde pública, como é o caso das doenças negligenciadas, que são um conjunto de enfermidades que afetam principalmente pessoas que vivem nos trópicos, porém não são exclusivos destas regiões. A partir de uma metodologia de natureza descritiva com abordagem quanti-qualitativa, o presente estudo analisou as pesquisas sobre Doenças Negligenciadas financiadas pelo Ministério da Saúde em 2012 pela chamada pública MCTI/CNPq/MS-SCTIE - DECIT nº 40, lançada em parceria entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e o Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde. Os resultados da presente pesquisa foram extraídos do Banco de Dados do Sistema Pesquisa Saúde. Os resultados apontam a incoerência nos critérios para a definição das áreas temáticas classificadas como prioritárias nas chamadas públicas em doenças negligenciadas, a utilização incipiente dos instrumentos preconizados pela área de Ciência e Tecnologia em Saúde e a distribuição ainda desigual dos recursos segundo as macrorregiões brasileiras.
https://doi.org/10.18569/tempus.v10i4.2499
Sem título

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Manual. 2a Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde. Brasília; 2004.

CENTRO DE GESTÃO E ESTUDOS ESTRATÉGICOS - CGEE. Descentralização do fomento à ciência, tecnologia e inovação no Brasil. Brasília: CGEE; 2010.

ELIAS FS, SOUZA LE. Indicadores para monitoramento de pesquisa em saúde no Brasil. Ci Info. 2006;35(3):218–26.

BRASIL. Ministário da Saúde. Saúde: um direito de todos e dever do estado – a saúde que temos, o SUS que queremos. 12a Conferência Nacional de Saúde Sergio Arouca. Brasília; 2003.

GUIMARÃES R. Pesquisa no Brasil: a reforma tardia. São Paulo em Perspect. 2002;16(4):41–7.

CAVALCANTE T. OMS pede investimentos no combate a doenças tropicais negligenciadas. 2015. Disponível em <http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2015-02/oms-pede-investimentos-no-combate-doencas-tropicais-negligenciadas>. Acesso em 16 abr 2018.

ANDRADE PA. Análise da Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (1990 a 2004): a influência de atores e agendas internacionais. Brasília. Dissertação [Mestrado em Política Social] – Universidade de Brasília, 2007.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Primeiro relatório da OMS sobre doenças tropicais negligenciada: avanços para superar o impacto global de doenças tropicais negligenciadas. 2012.

ANDRADE BLA, ROCHA DG. Doenças negligenciadas e bioética: diálogo de um velho problema com uma nova área do conhecimento. Rev Bioét. 2015;23(1):105–13

GIL AC. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Editora Atlas; 2002.

BARROS AJP, LEHFELD NAS. Fundamentos de metodologia científica. 3 ed. São Paulo: Makron; 2007.

MINAYO MCS, Sanches O. Quantitativo-qualitativo: oposição ou complementaridade? Cad Saude Publica. 1993;9(3):239–62.

BRASIL. Chamada MCTI/CNPq/MS-SCTIE-Decit No 40/2012 - Pesquisa em Doenças Negligenciadas. 2012.

MOREL CM. Inovação em saúde e doenças negligenciadas. Cad Saude Publica. 2006;22(8):1522–3.

SANTOS BS. A universidade no século XXI: para uma reforma democrática e emancipatória da Universidade. 3 ed. São Paulo: Cortez Editora; 2013.

VALVERDE R. Doenças Negligenciadas. Agência Fiocruz de Notícias. 2013. Disponível em <https://agencia.fiocruz.br/doen%C3%A7as-negligenciadas>. Acesso em 16 abr. 2018.

TENÓRIO M, MELLO GA, VIANA ALD. Políticas de fomento à ciência, tecnologia e inovação em saúde no Brasil e o lugar da pesquisa clínica. Cien Saude Colet. 2017;22(5):1441–54.

ANDRADE BLA. A produção do conhecimento em doenças negligenciadas no Brasil: uma análise bioética dos dispositivos normativos e da atuação dos pesquisadores brasileiros. Brasília. Tese [Doutorado em Bioética] – Universidade de Brasília, 2015.

LATOUR-PÉREZ J, RODRÍGUEZ-LESCURE A. Lectura crítica de la literatura biomédica (i): cómo valorar el riesgo de sesgo de un estudio. Rev Senol Patol Mamar. 2015;28(1):34–8.

RASSLAN S, BARATA RB, RODRIGUES JJG. Pós-graduação, produção intelectual e veículo de publicação. Rev Col Bras Cir. 2003;30(1):1–3.

BARRETO ML, TEIXEIRA MG, BASTOS FI, XIMENES RA, BARATA RB, RODRIGUES LC. Successes and failures in the control of infectious diseases in Brazil: social and environmental context, policies, interventions, and research needs. Lancet. 2011; 377(9780):1877-89.

GUIMARÃES R, LOURENÇO R, COSAC S. A pesquisa em epidemiologia no Brasil. Rev Saude Publica. 2001;35(4):321–40.

LETA J. GLANZEL; THUS B. Science in Brazil. Part 2: sectoral and institutional research profiles. Scientometrics, 2006, v. 67, n. 1, p. 87-105.