Resumo
Em um período de intensas mudanças na conjuntura político-social-econômica do Brasil na década de 70 e 80, o palco da saúde se configura em um espaço de organização de intelectuais, trabalhadores, movimentos populares em saúde para a construção da (além da) Reforma Sanitária. O presente artigo observa esse contexto político no estado da Paraíba, compreendendo as mobilizações populares em saúde, a sua relação com as comunidades eclesiais de base (CEB) e o primeiro centro de direitos humanos do estado. Para tal, foi utilizado o método da História Oral, enfocando a narração e a memória subversiva, a partir de entrevista às pessoas que foram sujeitos-participantes dessas mobilizações. Assim, reconstruímos experiências de resistência popular em torno da saúde no país e na Paraíba, dialogando-as com a questão da Reforma Sanitária e suas contribuições na ressignificação da mudança social.Referências
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