Indígenas na universidade brasileira: sonho, esperança ou pesadelo?
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Como Citar

Silva, J. da, Targino, N. T., & Correia, R. A. (2012). Indígenas na universidade brasileira: sonho, esperança ou pesadelo?. Tempus – Actas De Saúde Coletiva, 6(1), pag. 109–120. https://doi.org/10.18569/tempus.v6i1.1102

Resumo

Pensar na presença de indígenas no ensino superior era até há pouco tempo utopia. Este artigo enfoca discussões sobre a efetivação das políticas de ações afirmativas para indígenas no ensino superior do Brasil, que são recentes 1 Estudante indígena do curso de Medicina - Faculdade de Medicina - FM - Universidade de Brasília - UnB, pertencente ao povo Atikum do estado de Pernambuco; 2 Estudante indígena do curso de Medicina - FM / UnB, pertencente ao povo Potiguara do estado da Paraíba; 3Estudante indígena do curso de Engenharia Florestal - Faculdade de Tecnologia - UnB, pertencente ao povo Kacokim do estado de Alagoas. não porque a população indígena não tenha se manifestado, mas sim por termos um país não tinha abertura para tal diálogo. A diversidade na universidade tem contribuído para o diálogo e o entendimento. Relata-se que para concorrer a vagas, os candidatos indígenas precisam comprovar sua indianidade e firmar um termo de compromisso com a comunidade indígena que os indica. Esse processo de identificação é complicado porque, ocasionalmente, por troca de favores, parentes de fazendeiros e políticos --já socialmente privilegiados-- terminam usufruindo das vagas. Os indígenas sempre estudaram em escolas públicas em situação precária. Os autores relatam os problemas relacionados com a chegada em Brasília e as dificuldades geradas pela distância das aldeias. Também relatam-se as experiências do convívio no ambiente universitário da Universidade de Brasília, onde em alguns casos, a turma ignora e segrega os estudantes indígenas, e em outros, os docentes os ignoram ou até são abertamente contra sua presença. Questiona-se o papel da FUNAI. Mesmo diante das dificuldades, os primeiros índios começam a se formar. Com orgulho e mantendo vivas suas tradições, espera-se o reposicionamento da medicina ocidental como complementar à medicina Saúde Indígena Tempus - Actas de Saúde Coletiva Revista Tempus Actas de Saúde Coletiva 110 tradicional.
https://doi.org/10.18569/tempus.v6i1.1102
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